História

Candomblé: 




O candomblé é uma religião africana que foi trazida para o Brasil na época em que os negros desembarcavam aqui para serem escravos.
Os seguidores do candomblé adoram os "Orixás" que são deuses africanos que representam as forças da natureza.

Os rituais do candomblé são liderados pela mãe-de-santo ou pelo pai-de-santo,muitas vezes esses rituais tem danças em adoração ao orixá. Esses rituais são realizados em casas,roças ou terreiros,onde a linhagem pode ser a)matriarcal,pois apenas mulheres assumem a liderança,b)patriarcal,pois apenas homens assumem a liderança,ou c)misto,onde homens e mulheres podem assumir a liderança.

Eles possuem um deus supremo,chamado Olorum,e mais de cem orixás. Os catorze orixás principais são: Oxalá,Xangô,Oxóssi,Omolu,Exu,Iemanjá,Iansã,Oxum,Anamburucu,Oxumaré,Locô,Ifá,e od gêmeos Ibeji.



Como o candomblé no Brasil teve inicio com os escravos,e na época a única religião que podia ser seguida aqui era a Católica,os escravos começaram a associar seus deuses com os santos da Igreja Católica,pra disfarçar seus cultos,tipo,Xangô,deus das tempestades,era identificado como São Jerônimo ou Santa Bárbara. Os gêmeos Ibeji,deuses da fecundidade,eram associados a São Cosme e Damião,e de assim por diante. Com a abolição da Escravatura em 1888,ele passou a se expandir,e a se misturar com a religião católica,o que resulta no chamado sincretismo religioso(junção de duas doutrinas com origens diferentes).




O ritual envolve objetos sagrados,vestes,adornos,oferendas,danças e músicas,que se referem a cada um dos catorze orixás. O ritmo dos tambores que acompanham o culto também está ligado a determinado orixá.










Umbanda:



A umbanda nasceu da mistura de diversas crenças,vindas de outras religiões. Ela veio da cultura africana,e tem relação com os costumes indígenas e o sincretismo católico,além de outras influências. Eles também cultuam orixás,e visam o bem,a caridade,e a evolução espiritual de todos. As oferendas aos guias ou entidades menores,são realizadas em locais determinados normalmente junto a natureza,ou até mesmo dentro do próprio terreiro quando possível.A Ascensão ao sacerdócio da Umbanda se faz através do tempo,da propriedade individual,da constância,dedicação,estudo e seriedade com que o médium se propõe a caridade.



O lugar de culto deles é  templo,terreiro ou Centro,que é onde eles se encontram para realizar culto aos orixás e guias. Assim como no candomblé os chefes são mãe ou pai de santo,os médiuns mais experientes,normalmente os fundadores do terreiro. Existem vários tipos de médiuns,um deles é o de incorporação,que irão "emprestar" seus corpos para os orixás. Tem também os atabaqueiros,que transmitem vibração da espiritualidade superior através dos atabaques,criando um clima favorável à atração de certos espíritos,muitas vezes responsáveis pela harmonia do culto.








Segundo a umbanda,as entidades incorporadas pelos médiuns podem ser pretos-velhos, caboclos, mineiros, boiadeiros, crianças, marinheiros, ciganos, baianos, orientais, xamãs e exus.



Diferenças entre candomblé e umbanda:


Na Umbanda trabalham com espíritos como caboclos, pretos-velhos e ciganos, entre outros, ou seja, as incorporações são feitas através de espíritos encarnados ou desencarnados em médiuns de incorporação. No candomblé, só os Orixás podem provocar a possessão,e apenas as divindades da natureza dão incorporados. 
Um mesmo terreno no entanto,pode ser usado para duplo culto,ou seja,ser usado por seguidores do candomblé e da umbanda,mas em dias e horários diferentes,assim como uma pessoa também pode frequentar as duas religiões.






 Veja abaixo um vídeo sobre as diferenças entre candomblé e umbanda: 





Mitologia


Xangô







Filho de Bayani e marido de Iansã, Obá e Oxum, Xangô nasceu para reinar,paraser monarca e, como Ogum, para conquistar e solidificar, cada vez mais, sua condição de rei. Umadas lendas que mostrabem o senso de justiça de Xangô, é aquela conta a história de uma conquista, feita pelo deus dotrovão.Xangô, acompanhado de numeroso exército, viu-se frente à frente com o exército inimigo. Seus opositores tinham ordens de não fazer prisioneiros, destruir oinimigo, desde o mais simples guerreiro até os ministros e opróprio Xangô. E, ao longo da guerra, foi exatamente o que aconteceu. Aqueles que caíam prisioneiros dos exércitos inimigos de Xangô eram executados sumariamente, sem dó ou piedade, sendo os corpos mutilados devolvidos para que Xangô visse o suposto poder de seu inimigo. Batalhas foram travadas nas matas, nas encostas dos morros, nos descampados. Xangô perdeu muitos homens, sofreu grandes baixas, pois seus inimigos eram impiedosos e bárbaros. Do alto da pedreira, Xangô meditava, elaborava planos para derrotar seu inimigo, quando viu corpos de seus fiéis guerreiros serem jogados ao pé da montanha, mutilados, com os olhos arrancados e alguns com a cabeça decepada. Isto provocou a ira de Xangô que, num movimento rápido e forte chocou seu machado contra pedra, provocando faíscas tão fortes que pareciam coriscos. E quanto mais forte batia mais os coriscos ganhavam força e atingiam seu inimigo. Tantas foram as vezes que Xangô bateu seu machado na rocha, tantos foram os inimigos vencidos. Xangô triunfara, saíra vencedor. A forçade seu machado de emudeceu e acovardou inimigo. Com os inimigos aprisionados, os ministros de Xangô clamaram por justiça, pedindo a destruição total dos opositores. Um deles lembrou Xangô: - Vamos liquidá-los a todos. Eles foram impiedosos com nossos guerreiros! - Não! – enfatizou Xangô – meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça! Os guerreiros cumpriam ordens,foram fiéis aos seus superiores e não merecem ser destruídos. Mas, os líderes sim, estes sofrerão a irade Xangô. E,levantando seu machado em direção ao céu, Xangô gerou uma seqüênciade raios, destruindo os chefes inimigos e liberando os guerreiros,que logo passaram a servi-lo com lealdade e fidelidade. Assim, Xangô mostrou que a justiçaestá acima de tudo e que, sem ela, nenhuma conquista vale apena, e o respeito pelo rei é mais importantes que o medo. Esse é Xangô que, apesar de ser grande guerreiro, justo e conquistador, detesta a doença, a morte e aquilo que já morreu. Xangô é avesso aeguns (espíritos desencarnados). Admite-se que ele é numa espécie de ímãde eguns, daí sua aversão a eles. Xangô costuma entregar a cabeça de seus filhos a Obaluaê e Omulu sete meses antes da morte destes,tal grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas. O elemento fundamental de Xangô é o fogo.


Iemanjá






Conta o mito da criação, que dos seios fartos de Iemanjá, brotaram os oceanos e com ele os orixás seus filhos: Exú, Ogum, Oxossi, Xangô e Oxum.
Yemanjá, grande orixá das águas, era filha de Olokun, o senhor dos oceanos.
Era possuidora de um grande instinto maternal, que fez dela mãe de dez filhos.
Embora casada, não tinha grande apego por seu marido. Às vezes, pensava em deixá-lo, mas ele era um homem muito importante e poderoso, e não permitiria tal desonra. Yemanjá também pensava no bem-estar de seus filhos, não podendo deixá-los desamparados.
Seu marido usava o poder com tirania, inclusive com sua família, tornando a vida dela insuportável. Ela não agüentava mais se submeter aos caprichos de um homem que ela desprezava.
Ela procurou seu pai para aconselhar-se sobre a atitude que deveria tomar. No fundo, ela já estava decidida a fugir, mas precisava de seu apoio. Olokun não a recriminou, pois ela era uma soberana e, como tal, não poderia aceitar o jugo de ninguém. Ele, então, deu à sua filha uma cabaça com encantamentos, para que ela usasse quando estivesse em perigo.
Yemanjá colocou seu plano em prática, fugindo com todos os seus filhos.
Quando ela já estava bem longe de sua aldeia, viu que estava sendo perseguida pelo exército de seu marido. Pensou em enfrentá-los, mas eles eram muitos e seria uma luta desleal. Yemanjá odeia os confrontos, pela destruição que causam, já que é um Orixá propagador de vida.
Quando se sentiu acuada, resolveu abrir a cabaça e pedir socorro ao seu pai. Do seu interior escoou um líquido escuro, que, ao tocar o chão, imediatamente formou um rio, que corria em direção ao oceano.
Foi nessas águas que Yemanjá e seu povo encontraram um caminho para a liberdade.







Entrevista História

Nome da entrevistada: Valéria
Idade: 40
Profissão: dona de casa
Religião: católica

* O que você sabe sobre a escravidão no Brasil?
" Sei que os negros eram trazidos da África para serem escravos aqui,e que muitos morriam no caminho."

* Conhece a história da África?
"Não"

*Conhece alguma religião afro-brasileira?se sim,o que pensa dela?
"Náo conheço"

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